terça-feira, 26 de janeiro de 2010

ESCOLHAS ALIMENTARES X IMPACTO AMBIENTAL - Parte 2

Voltando ao assunto da alimentação no impacto ambiental, vou ter que falar também dos animais que consumimos. Não vou nem estender na parte do abate, da crueldade..... Mas eis abaixo algumas informações importantes sobre a criação de animais para consumo que vocês precisam saber:
• Os dejetos da criação em massa são os principais responsáveis pela poluição de lagos e lençóis freáticos por nitrato;
Metade da poluição das águas causada pelo homem vem da criação de animais.
O consumo de água para a produção de carne é muito maior do que o consumo para a produção de cereais (15.000 litros de água por Kg de carne produzida!!!);
• O amoníaco dos dejetos animais contribui muito para a formação da chuva ácida.
• O prolongamento da corrente alimentar por meio do animal (carne) necessita muito mais terra do que a produção direta de alimentos vegetais.

(Fonte: Cartilha da Sociedade Vegetariana Brasileira – SVB em parceria com a FAO/ONU e IBGE)

Um Estudo (DIET AND THE ENVIRONMENT: DOES WHAT YOU EAT MATTER?) comparou os efeitos ambientais de uma dieta vegetariana e não vegetariana na Califórnia e verificou-se que a dieta não vegetariana consome: 2,9 vezes mais água; 2,5 vezes mais energia primária; 13 vezes mais fertilizantes; 1,4 vezes mais pesticidas; A dieta onívora tem um custo mais elevado para o ambiente em relação a uma dieta vegetariana. Portanto, da perspectiva ambiental, o que uma pessoa escolhe para comer faz a diferença.
À parte isso, sabe-se hoje que as vacas, carneiros, cabras e veados, através da flatulência, são grandes emissores de metano na atmosfera, somando, à toda a cadeia produtiva de carne, 18% de todos os gases causadores do aquecimento global (FAO/ONU), só perdendo para a queima de combustíveis fósseis e florestas, sendo que esta última também tem que ser intensificada quando se pensa em criação de animais para consumo. Atualmente, 2/3 das áreas agrícolas são destinadas à criação animal, o que equivale a 30% de terra disponível no mundo. Esses animais também têm que ser alimentados, utilizando mais terra para produzir alimento para gado, que poderia estar cultivando alimentos para alimentar bilhões de pessoas (FAO/ ONU). Também existe o fato de que esses animais têm que ser tratados com hormônios e antibióticos, que acabamos consumindo por tabela e mais uma vez aumentando doenças e contaminando água, solo,... O consumo excessivo de produtos de origem animal (carne vermelha, Leite e derivados) é uma opção cara e de grande impacto ambiental, além de ser um dos maiores responsáveis pelo aumento das doenças crônicas da atualidade. A pesca também está destruindo ecossistemas através da poluição pelos navios pesqueiros, peixes estão sendo extintos e até feminizados pela contaminação com os xenoestrógenos (toxinas do plástico, tintas dos cascos dos barcos e poluentes despejados nos mares, que agem como hormônios no organismo).

Você deve estar se perguntando neste exato momento: mas e aí, vamos viver de quê, de luz? O ideal seria, se nosso organismo não precisasse tanto de nutrientes.... Não estou pregando o vegetarianismo restrito e nem dizendo que temos que viver numa bolha. Mas espero que você esteja se vendo como parte deste problema, e quem sabe da solução. O que vale neste momento é o bom senso. É perfeitamente possível, e só depende de nós, realizar algumas mudanças nos hábitos e de escolhas alimentares, contribuindo para a sua saúde e das futuras gerações, além de reduzir consideravelmente o impacto ambiental. Aqui vai mais uma dica de um hábito que podemos mudar, preservando a saúde e o meio ambiente:

* Reduzir consumo de alimentos de origem animal (carne, frango, peixe, leite, queijos, etc) – Reduza a quantidade e a freqüência! Não precisamos de tanta proteína como costumamos consumir diariamente. Além disso, excesso de proteína também sobrecarrega o organismo e gera doenças. Se adequarmos outras fontes protéicas, não teremos problemas. Feijão, grão de bico, lentilha, ervilha, grãos integrais em geral (Arroz integral, Quinoa, Amaranto, Painço, cevada, etc), semente de girassol, gergelim, castanhas, nozes, amêndoas e cogumelos são boas fontes de proteína.

Questionem, discutam, informem-se e principalmente, realizem mudanças efetivas.

No mínimo PELA SAÚDE e PELO MEIO AMBIENTE!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

ESCOLHAS ALIMENTARES X IMPACTO AMBIENTAL

Depois de muito tempo ausente, resolvi retomar meu blog com um assunto extremamente importante. Aproveitando os debates que estão acontecendo pela semana da Conferência do clima em Copenhague (COP15), eu pergunto:
Você já se perguntou se está fazendo a sua parte para reduzir o impacto ambiental? Diminuir o tempo no banho, fechar a torneira enquanto escova os dentes, reciclar o lixo reciclável, andar mais a pé e de bicicleta, reduzir o consumo em geral, etc... Estas coisas tornaram-se óbvias, pelo menos para parte das pessoas, que tentam, na correria da vida, fazer algumas mudanças que estão ao seu alcance para ficarem com a consciência mais tranqüila. Porém ainda existe muita coisa que a gente não sabe, e por isso não faz; ou ainda faz, e muito. Existe algo que fazemos todos os dias, diversas vezes ao dia, e que é vital, indispensável à vida: alimentar-se. Porém, se alimentar é muito diferente de se NUTRIR, que é o que realmente supre as necessidades do organismo e mantém a saúde plena. Alimentar-se é colocar qualquer coisa na boca, engolir de qualquer jeito e encher a barriga a todo custo para satisfazer vontades e matar a fome momentânea, que é o que se tem feito nos últimos anos. Com a industrialização e globalização vieram muitas coisas boas, práticas, rápidas, que adiantam a nossa vida, e talvez também a nossa morte, ou pelo menos afetam em muito a nossa qualidade de vida. Salgadinhos, biscoitos recheados e não recheados, wafers, balas chicletes, congelados e descongelados, todos com muitas calorias e nenhum benefício. Se fosse só não ajudar, vá lá, mas o pior é que atrapalha bastante. Além do grande impacto na nossa barriga, estômago, intestino, fígado, rins, pele, mente,... você já imaginou a quantidade de lixo produzido com este tipo de consumo? São embalagens e mais embalagens descartadas segundos depois da abertura, e muitas delas nem podem ser recicladas.Também já parou pra pensar o quanto de recursos, matéria-prima, tempo, água, luz,....se gasta em hospitais para tratar pessoas doentes pela MÁ NUTRIÇÃO, desencadeada tanto pelo excesso de gorduras, aditivos e outros não-nutrientes presentes nesse tipo de alimento como pela falta de nutrientes nos mesmos? O consumo de medicamentos, para tratar tais doenças também requer todos estes recursos, e ainda gera um lixo tóxico (pense para onde vão os materiais descartáveis, seringas, tubos, embalagens de remédios e medicamentos eliminados na urina dos indivíduos...). Alimentos industrializados viciam e não alimentam, duas coisas que nos fazem procurar cada vez mais por eles, produzindo cada vez mais doenças e lixo. Tenho que comentar também sobre o impacto dos alimentos transgênicos. Alguém sabe o que um alimento transgênico pode causar no nosso organismo a longo prazo? Creio que não.... Mas a curto prazo já sabemos que eles podem mudar ecossistemas inteiros e que podem contaminar espécies originais vizinhas, gerando a possível extinção destas espécies. E os agrotóxicos e fertilizantes químicos despejados sem nenhum controle nas plantações de frutas, verduras e grãos que chegam no nosso prato? É outra fonte de toxinas para o nosso organismo e para o nosso solo, nossa água, etc. Os alimentos que mais alimentam também já não alimentam tanto assim. O solo ficou pobre em nutrientes e rico em toxinas,...mais toxinas...
Cabe a nós começar com a nossa contribuição, dia-a-dia, para que em grupo façamos a diferença. Escolha de início pelo menos uma das dicas abaixo e comece a mudar hábitos alimentares!
1. Reduza o consumo de industrializados (aumentando o consumo de vegetais, frutas e cereais e tubérculos);
2. Quando consumir industrializados, verifique nos ingredientes a quantidade de aditivos (substâncias estranhas, conservantes, corantes, adoçantes, números, códigos) - Prefira os integrais, que possuam menos aditivos, menos processamento, menos refinamentos, menos embalagens etc; Priorize os produtos que possuam embalagens recicláveis (procurar símbolo do triângulo de setas);
3. Prefira sempre alimentos orgânicos, sem agrotóxicos (verificar selo de certificação ou procurar locais confiáveis, feiras de bairro, pequenos produtores);
4. Prefira sempre alimentos não transgênicos (verificar triângulo amarelo com um T preto no rótulo). Existem sites que divulgam produtos com possíveis ingredientes transgênicos (
http://www.greenpeace.org/brasil/transgenicos/)
5. Escolha suas marcas! Existem empresas que realmente se preocupam com o aquecimento global, com questões de sustentabilidade e como minimizar seus efeitos no ambiente, e outras que fazem o oposto. Pesquise, informe-se e diga não a marcas não sustentáveis, que utilizam aditivos em excesso, que produzem alimentos transgênicos, que poluem, etc
"Pense global e aja localmente".
"Pense no futuro e aja imediatamente".

domingo, 21 de dezembro de 2008

Boas Festas! (Bolo de Natal sem glúten)


É Natal!

Tempo de fazer renascer o que estava adormecido
De repensar o que foi vivido
De refletir sobre nossas atitudes
De enxergar que, apesar de tudo, o amor ainda existe e, a partir dele, fazer reviver a esperança dentro de nós, criando sonhos e metas para o ano que chega.

Nutrindo nossa alma com amor, nos permitimos receber o espírito Natalino e espalhar essa energia positiva entre os nossos familiares, amigos e todos ao nosso redor.

Boas Festas!

Que o ano de 2009 traga muitas mudanças positivas, alegrias e força para continuarmos enfrentando as dificuldades e fazendo crescer e multiplicar o amor!

Abraços,

Vanessa

***

Para nutrir o corpo, neste Natal experimente fazer um bolo diferente, saudável e delicioso!

BOLO DE NATAL SEM GLÚTEN

Ingredientes:

· 1 ½ xícara de uvas passas sem caroço;
· 1 ½ xícara de ameixas secas sem caroço picadas;
· 1 1/2 xícara de mel
· 2 xícaras de água fervendo;
· 5 colheres de sopa de manteiga;
· 3 ½ xícaras de farinha sem glúten*;
· 1 colher de chá de bicarbonato;
· 2 colheres de chá de canela;
· ½ colher de chá de sal marinho;
· 1 xícara de nozes picadas.

* FARINHA SEM GLÚTEN
Misturar bem os seguintes ingredientes:


- 1 ½ xícara de farinha de arroz integral;
- ½ xícara de fécula de batata;
- ¼ xícara de polvilho doce.

Modo de preparo:

1. Levar ao fogo baixo as uvas passas, as ameixas o mel e a água até formar uma calda.
2. Esperar a calda esfriar e reservar.
3. Em outro recipiente, misturar a farinha sem glúten, o bicarbonato, a canela e o sal e adicionar as nozes picadas, misturando bem (a farinha faz com que as nozes não afundem na forma);
4. Acrescentar a calda à mistura seca mexendo até formar uma massa homogênea, colocar em forma untada e assar em forno baixo.


quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Mais saúde e vitalidade com os orgânicos!

Já não é mais segredo para ninguém que a nossa saúde e qualidade de vida depende, em grande parte, do que comemos. Porém precisamos enxergar que, muito além daquele prato que está na nossa frente, estão todas as toxinas e aditivos utilizados no cultivo ou no preparo daquele alimento. Há muito tempo estamos ingerindo alguns “veneninhos” junto com nossa comida, o que pode ser a explicação para muitos dos problemas de saúde que vêm aumentando nas últimas décadas. Ao mesmo tempo, os alimentos orgânicos vêm ganhando espaço cada vez maior no dia a dia do brasileiro, o que é muito bom, pois quanto maior o consumo, mais baratos eles ficam e mais pessoas têm acesso a eles.

Um alimento orgânico é muito mais do que um produto cultivado sem o uso de adubos químicos ou agrotóxicos. É aquele produzido através de técnicas de cultivo que observam as leis da natureza, respeitando as diferentes safras para cada tipo de alimento, buscando manejar de forma equilibrada o solo e demais recursos naturais (água, animais, insetos, plantas, etc), conservando-os e mantendo-os em harmonia uns com os outros e com os seres humanos. Desta forma, preservam também a saúde dos agricultores e a vida silvestre.

Sendo um alimento puro, por ser naturalmente cultivado, o alimento orgânico é ideal para compor nossa alimentação diária. Os produtos orgânicos possuem infinitamente mais nutrientes (vitaminas, minerais, fibras, carboidratos, proteínas e gorduras benéficas), matérias-primas essenciais para as nossas células! Possui ainda aproximadamente 20% a menos de água em sua composição, concentrando mais seus nutrientes sendo, portanto, muito mais saudáveis e nutritivos. Além disso, livre das toxinas, nosso organismo funciona melhor e consegue aproveitar muito mais estes nutrientes!

Existem órgãos que certificam as produções orgânicas para assegurar aos consumidores de que estão realmente adquirindo alimentos orgânicos isentos de resíduos tóxicos. Verifique sempre o selo de certificação, que garante sua procedência e qualidade e nutra-se com o melhor que a natureza pode oferecer!

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Não faça jejum!

Ficar muitas horas sem comer exige do corpo um esforço desnecessário e prejudicial.

O nosso cérebro precisa de energia constante (glicose) para se manter ativo e saudável, o que reflete na nossa saúde mental e emocional como um todo. O cérebro NÃO possui estoques de energia, portanto, quando ficamos mais do que 2,5 a 3 horas sem comer, como parte de uma rotina, por dias, meses, anos, o organismo entende como “escassez”, e fica em estado de alerta, acionando os mecanismos de ARMAZENAMENTO DE GORDURA, que é nossa melhor forma de estocar energia. Mesmo porque, para transformar gordura em energia, o organismo demanda também muita energia e maior tempo, e o cérebro não pode esperar. Ou seja, mesmo ficando sem comer você cria resistência à perda de gordura corporal. Por esse motivo, pessoas que costumam fazer de 2 a 3 refeições por dia não sentem muita fome, pois possuem o metabolismo muito mais lento, e muitas vezes não conseguem emagrecer, mesmo comendo pouco!

No jejum prolongado ou quando não comemos com a freqüência adequada, o organismo procura outras fontes de matéria-prima para transformar em energia rápida para o cérebro. Assim, lá se vão substâncias e componentes vitais do nosso organismo que são feitos de proteína, que é mais rapidamente transformada em energia (glicose) para o cérebro:

  • Músculos, que, além das funções de manter a força, resistência e sustentação do corpo, mantêm o metabolismo, auxiliando na queima de gordura;
  • Enzimas, que fazem TUDO acontecer no nosso organismo: digestão, produção de energia, renovação do DNA e de todas as células do corpo, desintoxicação do organismo, produção hormonal, circulação, respiração, sistema imunológico, etc;
  • Hormônios, que regulam diversas funções como as da Tireóide, Hipófise, Sistema reprodutor, pâncreas, rins, etc;
  • Neurotransmissores, responsáveis por mediar respostas sensoriais e emocionais como fome, sede, desejo, prazer e dor (regulam ansiedade, nervosismo, compulsão, depressão, irritabilidade, etc).

Em suma: sem fornecer matéria-prima constantemente, seu organismo fica em estado de estresse e você, além de ficar sem energia para fazer atividades normais do dia a dia e resistente à perda de gordura, ainda compromete suas atividades cerebrais, digestivas, hormonais e musculares, que dependem do alimento!

O ideal é que se faça de 5 a 6 refeições por dia (Café da manhã, lanche, almoço, lanche, jantar e às vezes uma ceia, para quem janta muito cedo).
Pense em comer algo SAUDÁVEL no máximo de 3 em 3 horas.

O melhor alimento para se comer entre as grandes refeições (café da manhã, almoço e jantar) são as frutas frescas! Elas possuem fibras e carboidratos complexos, que permitem manter um fluxo de energia mais constante no sangue, evitando picos de glicemia. Outras boas opções de lanches: castanhas, frutas secas, barrinhas de cereal, sucos naturais.


Nosso organismo é muito esperto, portanto não tente enganá-lo.
Seu corpo é o seu bem mais precioso. Cuide dele!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

De onde vêm as células?

Nosso corpo é feito de aproximadamente 100 trilhões de células. Células estas que são fabricadas através de NUTRIENTES (vitaminas, minerais, carboidratos, proteínas e gorduras).

Todos os dias, 50 milhões delas se renovam a partir desses nutrientes, os quais conseguimos através dos ALIMENTOS. Estas células novas podem ser renovadas com ótima ou péssima qualidade, tudo depende da MATÉRIA-PRIMA que fornecemos à elas; desse combustível ESSENCIAL, que precisamos não só simplesmente para nos mantermos vivos, mas sim para FUNCIONARMOS CORRETAMENTE, plenamente e com o máximo de saúde que podemos.

Assim, se queremos ter um cabelo macio, uma pele lisinha, uma imunidade excelente e um corpo bonito e saudável, não podemos nos esquecer que a PRODUÇÃO e RENOVAÇÃO DAS CÉLULAS que os compõem depende dos nossos HÁBITOS ALIMENTARES. A verdadeira nutrição vem de dentro pra fora, e acredite, é muito mais eficaz do que cremes, shampus e cosméticos!

Nenhuma doença ou sintoma surge “do nada”. Eles aparecem como resposta do organismo aos maus tratos recebidos durante dias, meses ou anos, normalmente por falta de nutrientes, ou por não ter como se defender ou se recuperar (sem os nutrientes) de estímulos criados pelo meio ambiente em que vivemos (estresse, poluição, etc).

Diariamente temos a chance de mudar a ORIGEM DAS NOSSAS CÉLULAS e modular sua produção e renovação, tornando nosso organismo mais saudável, forte e resistente, independente da idade. Desde a infância até a velhice podemos fazê-lo. Nunca é tarde! Tudo depende da matéria-prima...

Agora, antes de ficar tão preocupado com qual combustível você vai abastecer o seu carro, pense bem com qual combustível você vai abastecer as suas células! Porque, afinal de contas, você quer se tornar uma carroça ou uma FERRARI?

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Xenobióticos: substâncias indesejáveis

Chamamos de XENOBIÓTICOS substâncias estranhas a um organismo (do grego: xeno= estranho; biótico: à vida). Podem ser encontradas em um organismo, mas não são normalmente produzidos ou esperados existir no mesmo. Substâncias orgânicas também podem se tornar xenobióticos se estiverem em excesso.

Podemos considerar como xenobiótico qualquer substância poluente presente no ar que respiramos, na água, os medicamentos em geral, hormônios sintéticos, etc.

Xenobióticos podem também ser adicionados propositalmente aos alimentos com algum objetivo, como os corantes e conservantes ou ser incorporadas “por acaso”, como toxinas de embalagens plásticas, causando, nos dois casos, diversos males à saúde.

Essas substâncias tornam-se tóxicas quando entram em contato com o organismo, modificando funções, bloqueando reações e causando inúmeras complicações até serem eliminadas. Algumas delas nem são totalmente eliminadas e, por serem lipossolúveis, se alojam no tecido adiposo (reserva de gordura), interferindo no metabolismo, no sistema nervoso e circulatório e causando, inclusive resistência à perda de peso.

A remoção dos xenobióticos é feita principalmente através da destoxificação realizada pelo fígado, que transforma as toxinas, substâncias lipossolúveis, em hidrossolúveis para que então possam ser eliminadas pela urina, fezes, respiração e suor. Porém, esta função pode ser prejudicada pelo próprio excesso de toxinas e pela ausência de uma alimentação adequada que forneça os nutrientes necessários à destoxificação.

Na verdade, o ideal seria que pudéssemos ingerir só alimentos 100% naturais, sem agrotóxicos, resíduos químicos e outras substâncias artificiais. Porém, nos dias de hoje, quando quase tudo que se encontra para consumir foi modificado de alguma forma pela indústria, não temos tanto controle sobre o que estamos ingerindo.

Dicas para reduzir a ingestão de xenobióticos:

  • evitar ao máximo consumir produtos com aditivos, principalmente os corantes, conservantes e adoçantes artificiais, através da leitura dos ingredientes nos rótulos;
  • evite guardar alimentos gordurosos em potes de plástico, não esquentar potes de plástico no microondas e evitar tomar bebidas quentes em copinhos de plástico;
  • prefira bebidas ácidas (sucos, cerveja e refrigerantes) armazenadas garrafas de vidro, já que o ácido libera alumínio mais facilmente, e não envolva frutas ácidas (limão, abacaxi, laranja) no papel alumínio;
  • consuma sempre que possível alimentos orgânicos para reduzir a exposição do organismo aos agrotóxicos;
  • Lembre-se sempre de que uma alimentação rica em verduras, frutas e água ajuda a eliminar resíduos tóxicos do organismo.


    Alguns dos xenobióticos presentes em alimentos:

    - Agrotóxicos e adubos químicos: Verduras, legumes, frutas e grãos não orgânicos;

    - Antibióticos e hormônios: Carne vermelha, frango e, conseqüentemente, ovos, leite e derivados. A água filtrada (não mineral) também pode conter resíduos de medicamentos e hormônios.

    - Corantes e conservantes artificiais: Presentes na maioria dos produtos industrializados;

    - Adoçantes (edulcorantes) artificiais: Presentes na maioria dos produtos light/ diet como sucos, refrigerantes, balas, iogurtes, pães, etc. Ex: Aspartame, Ciclamato, Sacarina e Acesulfame – K;

    - Aditivos do plástico: Presentes em embalagens de plástico, rolo de PVC utilizado para cobrir alimentos e em alguns peixes. Têm maior afinidade por gordura, migrando para alimentos como queijos, manteiga e molhos cremosos. Aquecido ou congelado o plástico também libera as substâncias tóxicas. Pode estar presente em qualquer alimento industrializado e também na água tratada.

    - Metais tóxicos (pesados):

    Chumbo: presente na poluição, fumaça de carros, tinta de cabelo, batons, enlatados, agrotóxicos, pasta de dente, cigarro, etc.
    Alumínio: panelas, latas e papel de alumínio, medicamentos como os antiácidos, desodorantes, sulfato de alumínio usado para o tratamento da água, aditivos usados na farinha branca e sal refinado.
    Cádmio: pesticidas, mariscos, farinha branca, cigarro, aditivos, laticínios e carne.
    Mercúrio: Alguns peixes, amálgama dentário utilizado em obturações, methiolate.